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A louca do freezer

O freezer lá de casa é um verdadeiro exemplo de força e garra: aguenta lotes e lotes de comida congelada. E não estou falando de lasanha ou pizza pronta, ou outra qualquer porcaria industrializada. O que acontece é o seguinte: como sou contra o desperdício e, ao mesmo tempo, sou marmiteira, vejo em qualquer sobra uma possibilidade de marmita. Familiares me chamam às vezes, carinhosamente, de “a louca do freezer”, uma expressão que dispensa explicações.

Mas o freezer é, de fato, um grande aliado para mim, que vivo em busca de uma alimentação decente mas tenho pouco tempo para me dedicar à cozinha. Muitas amigas me perguntam como eu consigo arrumar tempo para fazer minha própria comida, e eu respondo dizendo que, para isso, basta organização. Neste post, vou dar uma dica simples que me ajuda bastante.

Congele, tire e use
Lavar, descascar e picar alimentos consome muito tempo, isso é fato. Por isso, eu elegi o domingo como o dia de organizar a alimentação da semana. Primeiro porque é o dia de feira, ou seja, um dia muito feliz.

Só que na feira tem aquelas promoções imperdíveis com seus feirantes e frases enfáticas e encantadoras, do tipo, “três legumão é cinco real!”, e, por fim, eu não resisto à tanta simpatia. Acabo comprando três abobrinhas, três cenouras, três beterrabas, e por aí vai. Para uma casa com dois habitantes, isso é muito. Então criei uma técnica que evita o desperdício (não jogo nada fora, viva o freezer!) e, de quebra, facilita minha vida quando vou para a cozinha à noite.

Eu chego da feira e já vou direto picar, descascar e lavar estes legumes. Corto tudo já no formato que eles vão para a panela, armazeno em saquinhos limpos, já em porções menores, só com a quantidade que será consumida em uma refeição. Assim, o legume não volta pro freezer depois de preparado. Parece uma dica boba, mas é algo mágico tirar diretamente do freezer pimentões já picadinhos, jogar na panela com água quente…enquanto cozinho um macarrão e…voilà! Em dez minutos: habemos espaguete alho e óleo com três cores de pimentão.

 

Claro que é possível comprar legumes congelados diretamente no mercado, mas eu acho as opções pouco variadas. Por isso, antes de falar besteira aqui no blog, consultei uma especialista para verificar se minha técnica de congelar alimentos crus é aprovada ou não. A nutricionista Vivian Ragasso, do Instituto Cohen, disse que o ideal mesmo é fazer o branqueamento, que nada mais é do que dar um choque térmico antes de levar ao congelador.

Ela explica que, antes de levar ao freezer, você pode ferver o alimento, escorrer e passar imediatamente por água gelada para dar o choque térmico. Aí é só colocar nos saquinhos, tentar tirar o máximo de ar possível, e congelar. Eu fiz uma tabelinha com as dicas de alimentos que ela me deu, então se você quiser ser mais certinho do que eu, vá em frente. O tempo de fervura também é bem rápido, como mostra a tabela abaixo:

Só lembrando que o melhor dos mundos, obviamente, é comer o alimento fresquinho, de preferência saindo da horta para a mesa. Mas estamos falando de falta de tempo e, na correria, não tenha dúvida de que comer um legume refogado vai ser melhor do que se render às massas, lanches, nuggets ou qualquer outro alimento pronto que a nossa maravilhosa indústria alimentícia nos oferece.

Para quem tiver mais dúvida sobre congelamento de alimentos, eu indico este infográfico aqui, que traz os mitos mais comuns sobre este tema. E viva a praticidade!

 

 

 

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