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Projeto ‘Fruta Imperfeita’ dá uma chance aos “feínhos”

Fruta Imperfeita

Você sabia que para produzir uma única maçã, lá se vão 70 litros de água? Quem me contou isso foi o Roberto Fumio Matsuda, do projeto Fruta Imperfeita, um engenheiro que nada tinha a ver com a área de alimentação até se confrontar com este dado.

Imagine então o desperdício caso essa maçãzinha não cresça tão bela, e fique lá, desprezada, na gôndola do mercado ou da feira, até finalmente terminar no lixo?

Os produtores já entenderam que a gente só gosta de coisa bonitinha, dentro do padrão (ai, como somos caretinhas!) e nem mandam essas frutas ou legumes imperfeitos para o mercado, até porque eles não aceitam. “Começamos  a ver que os produtores rurais eram os que mais sofriam com isso. O maior problema deles era essa perda de produto na época de safra, quando produziam muitos alimentos e não conseguiam vender o que estava fora de padrão. Eles realmente jogavam fora, toneladas e toneladas”, conta Roberto.

Pensando nisso, ele se uniu à também engenheira Nathalia Inada e eles criaram um delivery de frutas para dar conta deste excedente.

Fruta Imperfeita
Roberto e Nathalia, criadores do projeto ‘Fruta Imperfeita’


A princípio, eles imaginaram comprar o que iria para o lixo e fazer algo com este alimento; geleia de frutas, por exemplo.

Mas perceberam que, se fizessem isso, fugiriam da proposta de ampliar a conscientização sobre o tema: se as pessoas comprassem uma geleia produzida com uma fruta feia, não saberiam sua origem e continuariam valorizando apenas os “bonitões”.  

Por isso resolveram abraçar essa feiúra toda e escancará-la na cara da sociedade, justamente para mostrar que fruta feia tem os mesmos fucking nutrientes e o mesmo sabor do que uma bonita. “A gente pensou: ‘vamos fazer algo que mostre para esse consumidor que esse produto existe e que as pessoas muitas vezes não sabem que está sendo jogado fora.”

Fruta Imperfeita

A dupla também cogitou abrir uma loja física, mas voltou atrás ao imaginar que isso também abriria precedente para as pessoas escolherem os mais bonitos, entre os feios.

Daí surgiu a ideia do delivery. O cliente escolhe no site e recebe uma cesta em casa – pode ser que venha algum maior ou menor do que o padrão encontrado no mercado, num formato esquisito às vezes, mas eles garantem produtos frescos e saborosos. E além de tudo, saem em média de 30 a 40% mais barato do que em um supermercado tradicional.

A entrega, por enquanto, é feita somente em algumas áreas de São Paulo, mas a ideia é expandir. Para conhecer mais o projeto, acesse o site

Pense nisso, na próxima compra

Segundo a ONU, a América Latina perde ou desperdiça até 348 mil toneladas de alimentos POR DIA.

Você pode começar a mudar este quadro dentro da sua própria casa: fazendo o mínimo de planejamento, você evita jogar alimentos no lixo. E vamos dar uma chance aos feínhos. Eles são legais!

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