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“Fake famous” desmascara a cultura dos “likes”

“Stop making stupid people famous“. A frase, que em tradução literal significa: “Pare de fazer pessoas estúpidas famosas”, nunca esteve tão atual. Todo dia vemos alguém, com milhares de seguidores, falando algo de forma irresponsável na Internet.  A fórmula é sempre a mesma: a pessoa posta algo polêmico que choca/desagrada um monte de gente. Daí, ela faz um vídeo dizendo que sua fala foi “mal-interpretada” ou “tirada de contexto”. Passa uma semana, um mês talvez…e o ciclo se repete. E assim ela se mantém em evidência, às vezes até ganhando mais seguidores. A cultura dos likes está bagunçando a nossa percepção das coisas. Ainda acreditamos que o número de curtidas e de seguidores é sinônimo de credibilidade.  Por isso hoje eu vim para indicar um documentário que mostra um pouco sobre como é relativamente “fácil” fazer alguém ficar famoso na Internet. Fake Famous, da HBO, desmistifica um pouco essa questão, a partir de um experimento feito pelo jornalista Nick Bilton.  Ele recrutou três anônimos e embarcou em uma jornada para transformá-los em influencers super bombados. …

Documentário aborda beleza e representatividade da mulher na mídia

Outro dia, li uma entrevista com uma atriz que dizia que não via quase nada de bom em envelhecer. Listou umas duas ou três coisas ligadas ao amadurecimento emocional como fatores positivos; em contrapartida, a lista de angústias era gigantesca. O pescoço anda muito enrugado, a barriga já não é mais a mesma, as linhas de expressão a obrigam aplicar botox o tempo todo…é, não deve ser fácil viver de imagem num mundo em que valoriza tanto a aparência da mulher. Para nós, é implicitamente negado o direito de envelhecer.  Enquanto há material suficiente na mídia sobre como nos comportar, o que vestir, o que comer (e principalmente o que NÃO comer) e o que passar na cara para congelar o tempo, pouco se fala sobre a origem dessa pressão estética. O documentário Miss Representation é de 2011, mas, mesmo quase dez anos depois, ainda é super atual (infelizmente). Ele aborda a forma como a mídia e cultura contribuem para colocar a mulher nesse papel de obediência e submissão. Não pode envelhecer, não pode engordar, …