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Quem aí quer viver 100 anos? Então que tal começar seu “treino” hoje?

Longevidade com qualidade!

“Você está preparado para viver 100 anos?”, era o título da palestra que lotou um dos auditórios do Festival Pathque aconteceu no último sábado e domingo (6 e 7) aqui em São Paulo e eu tive o prazer de participar.

Pela quantidade de gente que estava na plateia, deu para perceber que longevidade é algo que muita gente almeja. E quando a pergunta foi “quem aí quer viver 100 anos?”, a maioria dos participantes levantou a mão.

Essa foi uma das palestras que mais me chamou atenção no festival, justamente porque venho pensando muito em como quero envelhecer. E quando falamos de envelhecimento, lógico que manter uma alimentação saudável é primordial, mas existem milhares de outros fatores que contribuem para uma vida de qualidade. É um verdadeiro treino diário de boas práticas!

Claro, porque de que adianta viver 100 anos de sem saúde, sem emoções, sem bons amigos, sem propósito, sem brilho no olho, sem colecionar experiências? Se é pra ser centenário, que seja um século e tanto! Que seja lacrador.

Bom, e por que estou falando disso aqui? Porque aqui no Marmiteira gosto de discutir assuntos que vão além da alimentação, até porque acredito que tudo está interligado. Quer ver só alguns dados relacionados à longevidade fornecidos nessa palestra?

As populações ao redor do mundo que vivem mais (e com qualidade, claro) têm algumas coisas em comum, como por exemplo:

  • Consomem pouca carne (não necessariamente são vegetarianas, mas praticam o consumo moderado)
  • Têm o hábito de comer até se sentir satisfeito, não até explodir!
  • Consomem álcool (sim!), e até com certa frequência, mas com moderação (de um modo geral, vinho)
  • Fazem a última refeição do dia cedo (tipo no fim da tarde, comecinho da noite)
  • Fazem da atividade física parte da rotina; não necessariamente dentro de uma academia, mas sendo mais ativas de um modo geral: andam mais, fazem mais trabalhos braçais, etc.
  • Cultivam relacionamentos de qualidade, o que inclui não só os amorosos, mas também as relações com família e amigos
  • Têm alguma atividade religiosa semanal: aqui o foco não é a religião em si, mas ficou comprovado que essas pessoas investiam algum tempo em rituais ligados à fé
  • A maioria delas pratica alguma atividade que os “desacelera” da correria do dia a dia, isso também como um hábito diário ou semanal em busca de um equilíbrio maior
  • Essas pessoas também têm sonhos e projetos de vida, que os impulsionam de alguma forma
  • Elas também têm segurança financeira – e aqui o foco tem a ver com planejamento, não com riqueza ou acúmulo de bens materiais!

Estes dados me pareceram ainda mais interessantes quando ouvi na palestra que, segundo pesquisas, somente 20% da longevidade é determinada pela nossa genética. Ou seja, 80% tem a ver com as nossas escolhas, com a forma que a gente leva a vida. Louco, né?

Longevidade Pexel Creative Commom

Não existe fórmula mágica e cada um decide como quer envelhecer. Mas eu me identifiquei bastante com este modelo. 🙂

Dona Mariquinha: fonte de inspiração

Coincidentemente, ontem eu comecei minha programação no Festival Path vendo uma palestra sobre o mercado audiovisual, que me levou às lágrimas com o vídeo da Dona Mariquinha. O vídeo é do Canal Futura, com produção da Frame 22

Do auge da sua simplicidade, aos 84 anos, “nascida e criada no mato”, como ela mesmo diz, tem muito a ensinar e a inspirar. Porque envelhecer bem não tem a ver com a quantidade de dinheiro que você tem, ou com a imagem que as pessoas têm de você.

Mas sim com o quanto você é bem resolvido com as suas escolhas, e o quanto é autêntico com si mesmo e com os outros. Porque uma coisa é certa: não existe velho chato. Existe SER HUMANO chato.

Parece um blá blá blá de autoajuda, mas acompanha meu raciocínio: se você é chato, reclamão, está sempre arrumando desculpas para não colocar seus planos em prática, ou pior, fica jogando nas costas dos outros as suas próprias amarguras, se vitimizando…não tem saída: você vai ser um velho chato.

Agora se você tem sede de viver, é grato às oportunidades que a vida lhe ofereceu (independente se a grama do vizinho é mais verde), e batalha para mudar o que não te agrada, você pode chegar a ser uma Dona Mariquinha. A escolha é sua, e o futuro é agora. Não deixa pra amanhã, não. ❤

“A gente não pode ser triste” #chorandolitros ? ??

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