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Entre o medo e a esperança: o que a IA pode nos ensinar sobre ser humanos

Criança sorrindo enquanto aprende com um tablet, representando o uso responsável da inteligência artificial na educação.

No último fim de semana, participei de um workshop da KQED para professores da Bay Area: Centering Student Voice in a GenAI World. O evento era voltado à educação midiática e ao uso responsável da inteligência artificial em sala de aula.

Ok, eu não sou professora (sou escritora e jornalista), mas a equipe organizadora gentilmente aceitou minha inscrição. Fiquei feliz e grata, e lá fui eu para um sábado inteirinho de estudos e reflexões. Mesmo sendo a única da sala que não atua em ambiente escolar, me senti em casa.

Ali, todos estavam interessados em um objetivo comum: entender como criar senso crítico em tempos de algoritmos cada vez mais sofisticados. Foi entre educadores e pessoas que pesquisam esses temas há tanto tempo que me peguei pensando: se a inteligência artificial está redesenhando e refinando ainda mais o que consumimos digitalmente, será que nossa relação com as redes sociais vai piorar?

É provável que sim, se não investirmos mais intensamente em educação midiática. Mas eu sou uma otimista.

Formar senso crítico: a hora é agora

Foram muitos os insights ao longo desse dia, mas quero focar em algo que me é muito valioso como escritora e jornalista: o desejo de ver as pessoas fortalecendo seu senso crítico.

Na era das fake news e da inteligência artificial generativa, tudo pode ser criado. E é aí que esse assunto se conecta ao meu livro, Além do Like.

Nele, dediquei um capítulo inteiro à educação midiática e à importância de consumirmos as redes sociais com uma lente crítica e questionadora.

Da crítica às redes à busca por humanidade

As redes sociais transformaram nossa percepção da imagem, da autoestima e da validação por meio dos tão almejados likes. Com a chegada da IA, essa discussão se torna ainda mais urgente: os mesmos algoritmos que antes definiam beleza e sucesso agora são capazes de criar rostos, corpos e identidades inteiras.

Precisamos aprender a ensinar os nossos algoritmos a nos entregar mais diversidade. Não existe só um tipo de beleza no mundo, existem muitas.

Diversifique o seu feed: siga corpos, tons de pele e texturas de cabelo diferentes. Veja estilos de vida parecidos com o seu, e não apenas rotinas inalcançáveis, para lembrar que a perfeição estética só existe nas redes sociais.

Falar sobre educação midiática e inteligência artificial é, portanto, falar sobre autenticidade e sobre o esforço de continuar humano em um ambiente cada vez mais artificial.

Quer continuar essa reflexão? Conheça o Além do Like

Como disse algumas linhas acima, sou otimista. No workshop, em meio a educadores, senti o quanto a IA pode parecer uma ameaça quando não sabemos domá-la. Na verdade, essa nova tecnologia pode ser uma excelente oportunidade para repensarmos nossos hábitos de consumo, nossa relação com as redes sociais e o impacto disso tudo na nossa saúde mental.

O futuro pode ser digital, mas o olhar precisa continuar humano.


Quer continuar essa reflexão? Conheça o Além do Like, disponível nas principais livrarias e plataformas digitais.

Capa do livro Além do Like, escrito por Danielle Barg, com fundo laranja e título em letras garrafais
O Além do Like agora é da Editora Senac e também está disponível em versão digital!

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