padrão de beleza

Você se sente representada no Insta? Saiba por que isso importa

Golden Gate Bridge - San Francisco, California


Não foi à toa que escolhi essa foto para ilustrar esse texto. Nela, você vê um cartão postal, uma menina sorridente e… só. Se você é usuário do Instagram, provavelmente vai ter acesso a centenas de outras fotos parecidas com essa ao longo do dia. 

Vai ver pratos incríveis, praias com águas cristalinas, casais apaixonados, best friends forever, looks do dia…e muitos, mas muitos corpos considerados “perfeitos” para o padrão de beleza atual. 

Diversas pesquisas têm mostrado que as redes sociais estão bagunçando a saúde mental das pessoas, justamente porque esse bombardeio de estímulos acaba sendo um gatilho para a comparação constante e a sensação eterna de que a vida de todo mundo é incrível – menos a sua. 

Esse tipo de frustração pode ter origens diversas, mas acredito que uma das significativas é a falta de representatividade e de identificação. Especialmente no que diz respeito ao corpo feminino.

Na era do empoderamento da mulher e de uma maior conscientização sobre o feminismo (amém, MULTIPLICA, SENHOR!), ainda falta muito para vermos uma maior diversidade de corpos nas redes sociais e na mídia de um modo geral. 

Percebo, entre os próprios perfis que eu sigo, que existe uma polarização bem demarcada. De um lado, estão as blogueiras fitness. Do outro, ativistas do body positive ou representantes do segmento plus size. 

A ideia aqui não é comparar estes perfis, mas sim, falar do meio termo: afinal, onde estão as mulheres que não se consideram nem gordas (*), nem magras? 

Em uma busca rápida pela internet, encontrei poucos artigos falando sobre o tema, e a maioria deles está relacionado ao modo de vestir. Não era exatamente isso que eu estava procurando. 

Queria simplesmente ver mulheres fazendo poses reais; celebrando seus corpos independente das medidas ou do número que vestem.

Decidi então fazer uma enquete na minha conta pessoal do Instagram.

A princípio, notei que muitas mulheres sentem que fazem parte desse “limbo” por não ter na internet corpos parecidos com os delas. No entanto, recebi diversas dicas legais. E eu também tinha divulgado algumas delas nos stories, mas resolvi concentrar tudo aqui.

Algumas eu já acompanhava o trabalho, outras, comecei a seguir recentemente. Algumas têm todo um trabalho de conteúdo relacionado justamente ao corpo e aos padrões de beleza. Outras simplesmente usam o Instagram para falar de outros assuntos, mas também mostram o corpo de maneira mais espontânea e natural.

A ideia é essa: quanto mais normalizarmos os corpos que não estão nas capas de revistas, mais vamos entender que o que está nas capas de revista é a exceção, não a regra. Então convido a todas para uma renovada nesse feed.

Incluí aqui também alguns exemplos de perfis de mulheres mais velhas, diversidade de cor de pele e até mesmo de corpos que sofreram alguma mutilação ou problemas graves de saúde e, ainda assim, estão vivos e livres!

Acho importante normalizar esses outros fatores também. Nós são somos só um número na balança. Nosso corpo é nossa história e temos que aprender a honrá-lo!

Vai ficar faltando muitos perfis aqui, mas se vocês gostarem desse tipo de conteúdo faço outros posts trazendo mais dicas. A ideia é: menos filtro; mais vida real! Seguem algumas dicas:

Perfis nacionais

https://www.instagram.com/p/BxiieamAo0e/

Perfis gringos

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ON VEUT DU VRAI. Parce qu’il y en a marre de scroller sur son feed et de ne voir que des photos qui font complexer. Ça t’es arrivé de regarder le profil d’une fille en te demandant pourquoi tu ne lui ressemblais pas ? Et te sentir mal à propos de ton corps ou de ton physique ? ⚡️ C’est parce que les marques, les médias, les publicités, ne mettent en avant qu’un certain type de physique. Sauf que cette industrie, elle n’existe PAS sans nous tous. C’est nous qui les faisons vivre. Alors on va leur dire ce qu’on veut. On va leur dire qu’on en a marre de voir des photos parfaites sur nos feed. On va leur dire qu’on ne veut plus voir des femmes qui nous font complexer, mais des femmes qui nous font sentir BIEN. Et c’est comme ça que les choses vont évoluer. C’est de nous que va venir le changement. Alors, à partir d’aujourd’hui, je vous invite pour qu’on puisse se faire entendre à partager VOS photos #OnVeutDuVrai, comme vous le voulez, comme vous l’interpréter, et on va leur montrer 🔥🔥🔥 __________________________________ WE WANT REALNESS. Because we are sick of scrolling through our feeds and only see pictures that makes us feel sh*t about ourselves. Have you ever check a girl’s profile and wondered why you did not look like her ? And feel bad about yourself ? ⚡️ It’s because brands, media, ads, only showcase a certain type of physique. Except that this industry does not exist without US. We are the reason they exist. So we are going to tell them what we want. We are going to tell them we are tired of seeing perfect pictures on our feeds. We are going to tell them of seeing women that make us feel insecure, and that we want women that make us feel GOOD. And this is how things are going to change. We are the reason things are going to change. So starting today, I invite you to share YOUR photos #WeWantRealness, the way YOU want. Let’s be the change 🔥

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Connessione ed energia positiva, consapevolezza e rinascita. Questo é il racconto della meravigliosa Maila, la quale ho avuto l'onore di fotografare l'altro giorno e che mi ha raggiunto da Fabriano: "Tolti 20 cm di intestino, 2 litri di pus che mi avevano intaccato un'ovaia e una tuba, che poi mi hanno ricostruito, un anno di stomia. Ancora oggi i medici mi dicono che se avessero aspettato due giorni in più a mandarmi all'ospedale di Bologna, non ci sarei arrivata. Sai a 23 anni, 3 mesi di ospedale, 3 operazioni ti tolgono veramente la vita. Ti potrei raccontare tante cose di quei tre mesi, le arrabbiature, le paure, i dolori, la voglia di mollare. La sofferenza te la senti addosso e dentro ogni giorno, ma quando la vedi riflessa negli occhi di chi ti sta vicino, beh, fa molto più male di qualsiasi ago, flebo o cicatrice. I miei genitori non mi hanno mai lasciato, ho letto nei loro occhi ogni emozione, ogni paura, tutta l’impotenza, nascosti dietro i sorrisi, le mani appoggiate su di me, i baci. Un mese dopo che sono uscita da tutto questo calvario, é accaduto un evento drammatico. Da quel preciso istante ho preso la forza, per rialzarmi, per camminare, per uscire, per guidare. Ho ancorato a terra i piedi e mi sono rialzata. Ho trovato un ragazzo, che mi ha preso con tanto di sacchetto, problemi e paure. Mi ha preso per mano con la sua positività e solarità, e non dico che senza di lui non ce l’avrei fatta, dico solo che sarebbe stato tutto più difficile. Dopo un anno ho tolto il sacchetto e ora sono passati 4 anni. Non sono stati facili, non è facile ritrovare l’equilibrio del mio nuovo corpo, non è facile vedersi quelle cicatrici, ognuna di loro ha la sua storia, da ricordarti ogni giorno. Non è facile fare cose che per gli altri è la normalità, ma cerco comunque di fare tutto, di non limitarmi mai. Se racconto questa storia, la mia storia, è proprio per sentirmi un po’ “normale”, per far capire che alla fine, anche se è stata davvero molto dura, va bene così. La racconto per far capire che (—> continua su FB) #invisiblebodydisabilities #crohns #crohnsdisease #ibd #blackandwhite #photography #smile #fighter #bodylove #selflove #scar #scars #flowers

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Photographer @martaelenaphoto

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(*) Uso a palavra “gorda” livremente porque não a encaro como ofensa. É uma característica, assim como magra, loira, baixa, alta…desmistificar esse tipo de coisa também faz parte da desconstrução dos padrões de beleza. “Gorda” não deveria ser usado como um xingamento, porque não é! 😉